07/11/2009

Folha em branco

Ainda que eu não pudesse crer, teria que admitir.
É exatamente o que eu havia previsto: rabiscado e desenhado traço por traço conforme a ideia primária e original.
Ser marionete do destino às vezes tem lá suas vantagens... posso evitar a dor nas pernas por caminhar sozinha antes de cortar os fios.
Continuo não entendendo nada e não sabendo onde vamos parar, se é que vamos. Talvez seja isso o que fez toda a diferença.
Sei que a intuição é um rascunho da arte final e que um pouco mais de fé não estraga a perfeição do quadro, mas é uma pena que ela não seja injetável, ela simplesmente nasce.
E os desenhos mal feitos, amassei e joguei no lixo. Tenho uma estranha atração por folhas em branco (e o que podem vir a ser).

E como acreditar às vezes é a única opção...

Um comentário:

  1. Esse texto ficou muito show! Um dos melhores na minha opinião, gostei da forma de utilização da palavra "fé", que nada mais é do que assinar na sua "folha em branco" e esperar que algo superior escreva nela. Parabéns.

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